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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Vendedores de Doenças

Há cerca de trinta anos, o dirigente de uma das maiores empresas farmacêuticas do mundo fez declarações muito claras. Na época, perto da aposentadoria, o dinâmico diretor da Merck, Henry Gadsden, revelou à revista Fortune seu desespero por ver o mercado potencial de sua empresa confinado somente às doenças. Explicando preferiria ver a Merck transformada numa espécie de Wringley’s – fabricante e distribuidor de gomas de mascar –, Gadsden declarou que sonhava, havia muito tempo, produzir medicamentos destinados às… pessoas saudáveis. Porque, assim, a Merck teria a possibilidade de “vender para todo mundo”. Três décadas depois, o sonho entusiasta de Gadsden tornou-se realidade.

As estratégias de marketing das maiores empresas farmacêuticas almejam agora, e de maneira agressiva, as pessoas saudáveis. Os altos e baixos da vida diária tornaram-se problemas mentais. Queixas totalmente comuns são transformadas em síndromes de pânico. Pessoas normais são, cada vez mais pessoas, transformadas em doentes. Em meio a campanhas de promoção, a indústria farmacêutica, que movimenta cerca de 500 bilhões dólares por ano [atualização: hoje, 2010, o valor é de aproximadamente 1 trilhão de euros], explora os nossos mais profundos medos da morte, da decadência física e da doença – mudando assim literalmente o que significa ser humano. Recompensados com toda razão quando salvam vidas humanas e reduzem os sofrimentos, os gigantes farmacêuticos não se contentam mais em vender para aqueles que precisam. Pela pura e simples razão que, como bem sabe Wall Street, dá muito lucro dizer às pessoas saudáveis que estão doentes.

A Fabricação das “Síndromes”

A maioria de habitantes dos países desenvolvidos desfruta de vidas mais longas, mais saudáveis e mais dinâmicas que as de seus ancestrais. Mas o rolo compressor das campanhas publicitárias, e das campanhas de sensibilização diretamente conduzidas, transforma as pessoas saudáveis preocupadas com a saúde em doentes preocupados. Problemas menores são descritos como muitas síndromes graves, de tal modo que a timidez torna-se um “problema de ansiedade social”, e a tensão pré-menstrual, uma doença mental denominada “problema disfórico pré-menstrual”. O simples fato de ser um sujeito “predisposto” a desenvolver uma patologia torna-se uma doença em si.

O epicentro desse tipo de vendas situa-se nos Estados Unidos, abrigo de inúmeras multinacionais famacêuticas. Com menos de 5% da população mundial, esse país já representa cerca de 50% do mercado de medicamentos. As despesas com a saúde continuam a subir mais do que em qualquer outro lugar do mundo. Cresceram quase 100% em seis anos – e isso não só porque os preços dos medicamentos registram altas drásticas, mas também porque os médicos começaram a prescrever cada vez mais.

De seu escritório situado no centro de Manhattan, Vince Parry representa o que há de melhor no marketing mundial. Especialista em publicidade, ele se dedica agora à mais sofisticada forma de venda de medicamentos: dedica-se, junto com as empresas farmacêuticas, a criar novas doenças. Em um artigo impressionante intitulado “A arte de catalogar um estado de saúde”, Parry revelou recentemente os artifícios utilizados por essas empresas para “favorecer a criação” dos problemas médicos [1]. Às vezes, trata-se de um estado de saúde pouco conhecido que ganha uma atenção renovada; às vezes, redefine-se uma doença conhecida há muito tempo, dando-lhe um novo nome; e outras vezes cria-se, do nada, uma nova “disfunção”. Entre as preferidas de Parry encontram-se a disfunção erétil, o problema da falta de atenção entre os adultos e a síndrome disfórica pré-menstrual – uma síndrome tão controvertida, que os pesquisadores avaliam que nem existe.

Médicos Orientados por Marqueteiros

Com uma rara franqueza, Perry explica a maneira como as empresas farmacêuticas não só catalogam e definem seus produtos com sucesso, tais como o Prozac ou o Viagra, mas definem e catalogam também as condições que criam o mercado para esses medicamentos.

Sob a liderança de marqueteiros da indústria farmacêutica, médicos especialistas e gurus como Perry sentam-se em volta de uma mesa para “criar novas idéias sobre doenças e estados de saúde”. O objetivo, diz ele, é fazer com que os clientes das empresas disponham, no mundo inteiro, “de uma nova maneira de pensar nessas coisas”. O objetivo é, sempre, estabelecer uma ligação entre o estado de saúde e o medicamento, de maneira a otimizar as vendas.

Para muitos, a idéia segundo a qual as multinacionais do setor ajudam a criar novas doenças parecerá estranha, mas ela é moeda corrente no meio da indústria. Destinado a seus diretores, um relatório recente da Business Insight mostrou que a capacidade de “criar mercados de novas doenças” traduz-se em vendas que chegam a bilhões de dólares. Uma das estratégias de melhor resultado, segundo esse relatório, consiste em mudar a maneira como as pessoas vêem suas disfunções sem gravidade. Elas devem ser “convencidas” de que “problemas até hoje aceitos no máximo como uma indisposição” são “dignos de uma intervenção médica”. Comemorando o sucesso do desenvolvimento de mercados lucrativos ligados a novos problemas da saúde, o relatório revelou grande otimismo em relação ao futuro financeiro da indústria farmacêutica: “Os próximos anos evidenciarão, de maneira privilegiada, a criação de doenças patrocinadas pela empresa”.

Dado o grande leque de disfunções possíveis, certamente é difícil traçar uma linha claramente definida entre as pessoas saudáveis e as doentes. As fronteiras que separam o “normal” do “anormal” são freqüentemente muito elásticas; elas podem variar drasticamente de um país para outro e evoluir ao longo do tempo. Mas o que se vê nitidamente é que, quanto mais se amplia o campo da definição de uma patologia, mais essa última atinge doentes em potencial, e mais vasto é o mercado para os fabricantes de pílulas e de cápsulas.

Em certas circunstâncias, os especialistas que dão as receitas são retribuídos pela indústria farmacêutica, cujo enriquecimento está ligado à forma como as prescrições de tratamentos forem feitas. Segundo esses especialistas, 90% dos norte-americanos idosos sofrem de um problema denominado “hipertensão arterial”; praticamente quase metade das norte-americanas são afetadas por uma disfunção sexual batizada FSD (disfunção sexual feminina); e mais de 40 milhões de norte-americanos deveriam ser acompanhados devido à sua taxa de colesterol alta. Com a ajuda dos meios de comunicação em busca de grandes manchetes, a última disfunção é constantemente anunciada como presente em grande parte da população: grave, mas sobretudo tratável, graças aos medicamentos. As vias alternativas para compreender e tratar dos problemas de saúde, ou para reduzir o número estimado de doentes, são sempre relegadas ao último plano, para satisfazer uma promoção frenética de medicamentos.

Quanto mais Alienados, mais Consumistas

A remuneração dos especialistas pela indústria não significa necessariamente tráfico de influências. Mas, aos olhos de um grande número de observadores, médicos e indústria farmacêutica mantêm laços extremamente estreitos.

As definições das doenças são ampliadas, mas as causas dessas pretensas disfunções são, ao contrário, descritas da forma mais sumária possível. No universo desse tipo de marketing, um problema maior de saúde, tal como as doenças cardiovasculares, pode ser considerado pelo foco estreito da taxa de colesterol ou da tensão arterial de uma pessoa. A prevenção das fraturas da bacia em idosos confunde-se com a obsessão pela densidade óssea das mulheres de meia-idade com boa saúde. A tristeza pessoal resulta de um desequilíbrio químico da serotonina no célebro.

O fato de se concentrar em uma parte faz perder de vista as questões mais importantes, às vezes em prejuízo dos indivíduos e da comunidade. Por exemplo: se o objetivo é a melhora da saúde, alguns dos milhões investidos em caros medicamentos para baixar o colesterol em pessoas saudáveis, podem ser utilizados, de modo mais eficaz, em campanhas contra o tabagismo, ou para promover a atividade física e melhorar o equilíbrio alimentar.

A venda de doenças é feita de acordo com várias técnicas de marketing, mas a mais difundida é a do medo. Para vender às mulheres o hormônio de reposição no período da menopausa, brande-se o medo da crise cardíaca. Para vender aos pais a idéia segundo a qual a menor depressão requer um tratamento pesado, alardeia-se o suicídio de jovens. Para vender os medicamentos para baixar o colesterol, fala-se da morte prematura. E, no entanto, ironicamente, os próprios medicamentos que são objeto de publicidade exacerbada às vezes causam os problemas que deveriam evitar.

O tratamento de reposição hormonal (THS) aumenta o risco de crise cardíaca entre as mulheres; os antidepressivos aparentemente aumentam o risco de pensamento suicida entre os jovens. Pelo menos, um dos famosos medicamentos para baixar o colesterol foi retirado do mercado porque havia causado a morte de “pacientes”. Em um dos casos mais graves, o medicamento considerado bom para tratar problemas intestinais banais causou tamanha constipação que os pacientes morreram. No entanto, neste e em outros casos, as autoridades nacionais de regulação parecem mais interessadas em proteger os lucros das empresas farmacêuticas do que a saúde pública.

A “Medicalização” Interesseira da Vida

flexibilização da regulação da publicidade no final dos anos 1990, nos Estados Unidos, traduziu-se em um avanço sem precedentes do marketing farmacêutico dirigido a “toda e qualquer pessoa do mundo”. O público foi submetido, a partir de então, a uma média de dez ou mais mensagens publicitárias por dia. O lobby farmacêutico gostaria de impor o mesmo tipo de desregulamentação em outros lugares.

Há mais de trinta anos, um livre pensador de nome Ivan Illich deu o sinal de alerta, afirmando que a expansão do establishment médico estava prestes a “medicalizar” a própria vida, minando a capacidade das pessoas enfrentarem a realidade do sofrimento e da morte, e transformando um enorme número de cidadãos comuns em doentes. Ele criticava o sistema médico, “que pretende ter autoridade sobre as pessoas que ainda não estão doentes, sobre as pessoas de quem não se pode racionalmente esperar a cura, sobre as pessoas para quem os remédios receitados pelos médicos se revelam no mínimo tão eficazes quanto os oferecidos pelos tios e tias [2] ”.

ais recentemente, Lynn Payer, uma redatora médica, descreveu um processo que denominou “a venda de doenças”: ou seja, o modo como os médicos e as empresas farmacêuticas ampliam sem necessidade as definições das doenças, de modo a receber mais pacientes e comercializar mais medicamentos [3]. Esses textos tornaram-se cada vez mais pertinentes, à medida que aumenta o rugido do marketing e que se consolidas as garras das multinacionais sobre o sistema de saúde.

Fonte: maissaude.org



Brasileiro de 108 anos vira Consultor de Nutrição nos EUA


Qual a fórmula para se ter uma vida longa, com saúde? Talvez um bom conselho venha de quem chegou lá. Nossos repórteres encontraram no Arizona, nos Estados Unidos, um brasileiro de 108 anos. Por causa da boa forma, Bernando La-Pallo virou consultor de nutrição e dá receitas de longevidade.

ilho de um brasileiro e uma americana, seu Bernardo deixou Vitória, no Espírito Santo, ainda criança, pra morar em Nova York.

Eu me lembro de tudo, desde quando o Titanic afundou até os dias de hoje e olha que ele afundou em 1912", conta.

Ser brasileiro ajudou muito na época em que o racismo era mais forte nos Estados Unidos. Ele lembra de uma vez em que foi proibido de entrar numa praia por ser negro, e acabou conseguindo convencer o policial de que era sulamericano, por isso tinha direito de mergulhar.

“Ele me perguntou, e onde você é? Eu disse: Brasil. Ele disse: onde é isso? Você está me dizendo que não sabe onde é o quinto maior país do mundo? Acho que vou voltar pro meu navio e ele deixou”, relembra.

Hoje seu Bernando é consultor de nutrição. Dá palestras e escreveu dois livros sobre como viver bem.

O principal segredo da longevidade, ele diz que é a alimentação. Que segredo é esse. O que você come?

“Eu vivo à base de frutas, vegetais e suco e algum peixe, não como carne”, fala.

O que você come, eu pergunto. Eu vivo à base de frutas, vegetais e suco. Às vezes como um pouco de peixe. “Carne vermelha, nunca".

O tal suco é uma mistura verde, de maçã, couve e ervas. Tem ainda uma sopa de cevada com cereais. Ele também caminha todos os dias.

"É o exercício mais barato que existe e faz muito bem. Caminhei minha vida inteira, é o exercício mais barato que existe e é bom para você”, avisa.

eu Bernando diz que nunca teve uma gripe nem precisou tomar remédios.

Creme anti-rugas?

Ele prefere azeite extra-virgem, que esfrega na pele pelo menos duas vezes por dia!

O próximo desafio é voltar a falar português, que ele esqueceu depois de mais de 100 anos morando nos Estados Unidos.

Quando dizem que ele está velho demais pra isso, o bom humor vai embora.

"Bobagem! Ah, isso não é verdade", responde.

Alguém duvida?

GRIPE A Reforço para crianças de até dois anos

Pais que vacinaram seus filhos até dois anos contra a gripe A devem ficar atentos para a etapa de reforço da imunização. Em Santa Catarina, durante o período de vacinação da primeira dose, 100% do público-alvo infantil foi alcançado.

Odiretor da Vigilância Epidemiológica do Estado, Luis Antonio Silva, explica que o reforço da vacina é importante pois, sem a segunda dose, a imunização das crianças pode não atingir a eficácia esperada. O tempo ideal de intervalo entre uma dose e outra é de 30 dias.

Em 2009, as crianças entre seis meses e dois anos apresentaram alta incidência de casos graves confirmados para influenza A no Brasil, com taxa de 154 por 100 mil habitantes. Para as crianças com mais de dois anos, que tomaram a vacina em clínicas particulares, Silva alerta que não há necessidade de tomar a vacina de novo.

A campanha contra a gripe A está na quarta fase, que inclui adultos de 20 a 29 anos, mas a Secretaria de Saúde mantém a vacinação para pessoas dos grupos anteriores que ainda não se imunizaram. Estão nos grupos prioritários profissionais da saúde, indígenas, grávidas e doentes crônicos. Em todo o Estado, 1,7 milhão de pessoas já foram vacinadas.

Começou e vai até o dia 31 de maio a vacinação contra a Febre Aftosa



Começou a 1ª etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Febre Aftosa nos rebanhos dos principais estados pecuários brasileiros e no Distrito Federal. A vacinação se estenderá até o dia 31 de maio. Em Minas Gerais, a expectativa do IMA é que nas 338 mil propriedades rurais dos 853 municípios mineiros sejam vacinados 22,4 milhões de bovinos e bubalinos de todas as idades. Segundo o IMA, a erradicação definitiva da febre aftosa em Minas exige que a vacinação dos animais seja mantida em todo o seu território por pelo menos um ou dois anos. Só depois pode-se pensar na retirada gradativa da vacina.

segunda-feira, 3 de maio de 2010


Um estudo recente permite concluir que «comer chocolate é bom para cérebro e coração» de acordo com o DN Online.



Foi durante este século XX que se afirmou, sobretudo em revistas viradas para o cuidado da saúde:

  • Chocolate previne o envelhecimento, uma vez que a massa de Cacau tem grande poder antioxidante, mais que qualquer fruta combatendo os efeitos da idade e alguns cientistas garantem que pode ajudar a prevenir o cancro.
  • Chocolate permite reduzir o colesterol, já que os agentes antioxidantes, sobretudo do Chocolate preto impedem a acumulação de gordura na parede das artérias e diminuem a taxa de colesterol mau para sangue e aumentando um pouco o bom colesterol o “HDL – o colesterol benéfico”.
  • Chocolate permite perfeita forma física ou mental. Todos os tipos de Chocolate, principalmente, os de leite, são uma fonte de proteínas vitais para o crescimento, recuperação e manutenção do corpo e do cálcio, essencial para a formação óssea. O Chocolate branco contém maior quantidade de cálcio, zinco e vitamina B2 do que o Chocolate puro
  • Chocolate melhora o coração. O Chocolate é o mais novo aliado do coração, este é beneficiado pela teobromina presente no Chocolate. Esta é uma substância estimulante agindo no sistema nervoso central e também no sistema muscular, permitindo o bom funcionamento do coração. E o Chocolate também contém flavonóides, que ajudam a combater a oxidação da circulação sanguínea, melhorando assim a saúde das artérias e do coração.
  • Chocolate flexibiliza o raciocínio. O chocolate é considerado um excelente alimento para o cérebro, visto que contém teobromina e tiramina, são duas substâncias que estimulam os neurónios a uma maior concentração.
  • Chocolate dá felicidade. A feniletilamina estimula a produção de endorfinas e serontonina no cérebro, sendo conhecida como a “molécula da felicidade e do prazer”, a ela actua numa área relacionada com as emoções – permite aliviar a tensão e ajuda a relaxar. Assim, o Chocolate previne insónia.
  • Chocolate cura depressões. Tem efeitos anti-depressivos, porque a teobromina e feniletilamina presentes no chocolate, são substâncias estimulantes de bom-humor. Não deve ser consumido em excesso, pode provocar alterações emocionais, inicialmente dá euforia e aumenta o humor, depois segue-se a depressão e o organismo passa a sentir falta do alimento.
  • Chocolate não provoca acne. Não existem estudos científicos que comprovem a relação entre o Chocolate e o aparecimento ou agravamento de acne. O acne, de acordo com o artigo “Maria saúde em forma” da revista “Maria”, n.º 1013, ele surge devido a alterações hormonais e ao stress, o Chocolate só por si não determina o seu aparecimento, mas comer alimentos gordos estimula a pele a tornar-se mais oleosa, porque o organismo absorve substâncias gordurosas, consequentemente aparecem borbulhas.
  • Chocolate não engorda. O Chocolate puro menos gordura, grande quantidade de magnésio (essencial para liberação de energia para as células), ferro (essencial para a produção de glóbulos vermelhos) com menos valor calórico que o Chocolate de leite e branco. Com a devida moderação é possível desfrutar do prazer de comer Chocolate sem trazer prejuízos ao organismo. Contudo, deve ter controle do peso, porque se o total de calorias consumidas por dia é elevado é aconselhado que a gaste essa energia em actividades físicas.

A glândula lacrimal é capaz de produzir aproximadamente 500 mL de lágrimas em um ano. Estas, formadas por água, muco, lipídios, proteínas, magnésio, potássio, enzimas antibacterianas, dentre outros; têm sua composição levemente alterada quando são secretadas em momentos de choro, apresentando-se, por exemplo, ricas em manganês.

Nossa espécie é a única do reino animal capaz de chorar, sendo este evento diretamente relacionado ao nosso instinto de defesa e comunicação – basta nos lembrarmos do choro do bebê, indicando que algo não vai bem. Chorar pode expressar uma gama de sentimentos, dentre eles a tristeza, dor física, indignação, insegurança, medo - ou mesmo felicidade – externalizando-os.

Aproximadamente 75% dos homens e 85% das mulheres sentem-se melhor depois de chorar: e isso não é por acaso. Em determinadas situações, nosso cérebro produz certas substâncias, como a prolactina, que ativam a ação das glândulas lacrimais. Esta, cujas concentrações aumentam em momentos de estresse, reduz novamente sua quantidade quando começamos a chorar; tal como a adrenalina. Este fator, aliado à liberação de substâncias como a leucina-encefalina, noradrenalina e serotonina, nos proporciona uma sensação anestésica e de calma, aliviando a angústia e liberando a tensão.

Reprimir-se em momentos adversos pode fazer com que o indivíduo, em longo prazo, desenvolva quadros de depressão; ou mesmo doenças psicossomáticas. Pressão alta, úlcera, e gastrite são alguns sintomas que podem surgir desta forma. Além disso, crianças que são educadas a reprimir o choro têm muito mais probabilidade de desenvolverem problemas de inibição emocional no futuro. Entretanto, fique atento: indivíduos nesta faixa etária tendem a utilizar o choro, também, como um instrumento de chantagem.

Os 10 Mandamentos da Atividade Física






1. Estas normas são para adultos com Índice de Massa Corporal (IMC) ³ 25 Kg/m2, ou seja com excesso de peso - pré-obesidade ou já obesos.

2. A Atividade Física ao longo de toda a vida é muito importante para a saúde dos vários órgãos e aparelhos do corpo humano. A sua importância não se limita ao controlo do peso, nem a uma dada fase da vida. Não basta ter feito desporto durante a juventude e nunca é tarde para começar.

3. Atividade Física e alimentação saudável completam-se e não se podem substituir. Atividade Física ou dieta sozinha, sem estarem associadas, estão condenadas ao fracasso á longo prazo em termos de resultados. A Atividade Física potencia os efeitos da correção alimentar.

4. A perda de peso deve ser lenta para ser eficaz, duradoura e segura. Meio a um quilo por semana é uma velocidade média de emagrecimento adaptável à maioria das situações, que pode ir a 2 Kg mensais em casos mais graves.

5. Emagrecer equilibradamente e manter a perda. - Pequenas perdas, na ordem dos 5% a 10% do peso, desde que mantidas, já trazem grandes benefícios à saúde. Nem sempre é necessário ou possível normalizar o peso por completo. O bom é muitas vezes inimigo do ótimo.

6. A Atividade Física tem de ser freqüente e regular. Esta é a característica mais importante da Atividade Física, sobretudo quando o objetivo é a perda de peso. Por isso o ideal é cinco dias por semana. Três dias por semana é o mínimo dos mínimos e menos que três não faz sentido.

7. A Atividade Física para emagrecer deve ser ligeira a moderada, mas PROLONGADA. - Começar com meia hora por dia até chegar a cerca de uma hora por dia (ou mais para quem puder e gostar). O ideal é gastar 2.000 Kcal por semana e nunca menos de 800 a 1000 Kcal. Existem métodos fáceis e rápidos para calcular o dispêndio calórico da marcha.

8. Caminhar rapidamente é a Atividade Física ideal para a maioria das pessoas que necessitam de perder peso, por ser uma Atividade Física que emagrece muito e de baixos riscos. Toda a Atividade Física é bem vinda, embora as diversas Atividades físicas difiram muito nas calorias que consomem e nos seus riscos.

9. Exercícios de força e de flexibilidade são úteis como complemento da marcha a partir duma certa fase do programa, mas a marcha é o mais importante.

10. A Atividade Física deve ser fonte de prazer e de bem-estar durante a sua prática e no resto do dia. Os prazeres também se podem educar…